Flamengo não liga o “modo Libertadores”, estrelas vão mal e time sucumbe no Equador
Cuéllar e Rodrigo Caio são os únicos destaques na derrota para LDU. Apático, time "se poupa" na altitude e abdica de jogar em noite de baixo nível técnico das principais armas ofensivas
O Flamengo campeão carioca, o que pressiona os adversários, que ataca em bloco e empolgou a torcida, ficou no Rio. Quarta-feira, no Equador, na partida que poderia decidir a classificação para as oitavas da Libertadores, o time abdicou de jogar em boa parte da partida e perdeu por 2 a 1 para a LDU. Agora, todas as fichas estarão na mesa na última rodada, contra o Peñarol, no Uruguai.
Na análise sobre o desempenho da equipe, apenas um ponto positivo a ser destacado. Cuéllar correu como se estivesse no nível do mar, desarmou e tentou organizar o meio de campo. Mas foi um brilho quase solitário em uma noite em que os principais jogadores tiveram um desempenho técnico muito abaixo. Rodrigo Caio também teve uma boa atuação. E foi só. Os dois encararam o jogo como é necessário em uma Libertadores. Os outros, foram em ritmo de Carioca.
O Fla até manteve o jogo controlado no início, e conseguiu fazer o gol na cabeçada de Bruno Henrique após cruzamento de Pará. O lateral deu sua contribuição neste lance, mas no restante da partida foi mal, com muitas opções erradas e falhas técnicas. Depois, a vantagem fez o time se poupar ainda mais e deixar a LDU crescer.
– Temos que ter consciência de que não fizemos um bom jogo, assumir essa responsabilidade e, sem dúvida nenhuma, mudar a postura. Tivemos alguns bons momentos, mas que não é o suficiente num jogo decisivo como esse. Temos que ser mais constantes. Nos jogos anteriores vinha fluindo. Hoje não fluiu como gostaríamos e esperávamos – disse Diego, que entrou após o intervalo.
O vacilo coletivo no primeiro gol dos equatorianos, no último minuto do primeiro tempo, teve um peso enorme e transformou o ambiente no estádio Casa Blanca. A altitude de 2.800 metros parece ter tido efeito psicológico mais duro do que físico. O clube levou cilindros de oxigênio para o vestiário, mas os jogadores nem utilizaram.
Espaçado em campo, o time atacou sem força e também não se defendeu bem. Além do gol, Bruno Henrique teve as melhores chances, mas também não teve uma exibição boa tecnicamente. Em vários momentos falhou no domínio da bola e interrompeu ataques. Desta vez aberto pela direita, Gabigol também teve uma noite para ser esquecida. Não produziu na frente e teve dificuldade para fazer cobertura defensiva. Arrascaeta foi substituído no intervalo depois de um primeiro de muitos erros.
– Às vezes ficava metade do time atrás, metade na frente, ainda mais nos contra-ataques. Então, acabou dificultando para todos. Agora é acertar. A gente sabe que depende de um resultado e de um bom jogo fora de casa – afirmou Everton Ribeiro.
Chicaiza entra no time da LDU e inferniza o Fla
Na segunda etapa, a LDU aumentou seu repertório, até então feito basicamente de bolas levantadas na área. A entrada do camisa 10 Chicaiza movimentou o meio de campo, e os equatorianos passaram a rodear o goleiro Diego Alves com mais frequência. Foi assim que Chicaiza fez o gol da vitória, com um chute forte da entrada da área que o arqueiro rubro-negro não alcançou.
Em desvantagem, o Flamengo ensaiou fazer uma pressão, o que não havia feito até então. Bruno Henrique teve chance, mas não conseguiu igualar o placar e o Rubro-Negro voltou para casa com uma derrota amarga e pressionado para a segunda rodada. Abel Braga, que, suspenso, assistiu ao jogo de uma cabine, certamente não gostou do que viu.
O Rubro-Negro segue como líder do grupo, e na última rodada enfrentará o Penãrol, no Uruguai. Um empate garante a classificação. Em caso de derrota, precisa torcer para a LDU não vencer o San José em Quito.
Fonte: Globo Esporte - https://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/analise-flamengo-nao-liga-o-modo-libertadores-estrelas-vao-mal-e-time-sucumbe-em-quito.ghtml
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