7 mil dias depois, Lionel Messi, livre e sem clube
Foi visível como Messi lutou e se doou dentro de campo em 2021, fazendo sua melhor campanha no torneio de seleções sul-americanas.
Poucos futebolistas possuem mais títulos por clube que Messi, e quando o assunto são conquistas individuais ele é praticamente insuperável. Mas por muito tempo houve um certo vácuo na carreira do atacante de 34 anos: conquistas importantes pela seleção principal argentina. O craque ainda não havia vencido nenhum título com a camisa alviceleste, porém, ele teve mais uma oportunidade para corrigir este “erro” na Copa América.
Foi visível como Messi lutou e se doou dentro de campo em 2021, fazendo sua melhor campanha no torneio de seleções sul-americanas. O astro ainda perseguia alguns recordes, como o de maior artilheiro em atividade ou de toda a história da Copa América, que estão bem próximos de serem atingidos. Pela Argentina, ele já é o futebolista com mais jogos disputados.
Como todos nós sabemos, partidas impressionantes e quebra de recordes são rotina para o camisa 10, que já foi eleito o melhor jogador do mundo em seis ocasiões. Mas o que é estranho na atual situação do argentino é que ele se encontra sem clube. Após anos, o seu vínculo com o Barcelona chegou ao fim, pelo menos até que se decida se irá renovar o contrato ou não – por conta disso, o atleta não possui qualquer amarra contratual. Dessa forma, Messi passou 7504 dias junto ao Barcelona, chegando ao clube ainda em 2000, e onde começou a jogar pela equipe principal a partir de 2005.
Especulações
Um dos assuntos mais citados na mídia esportiva são as especulações sobre onde o craque jogará nas próximas temporadas. O Mundo Deportivo, afirmou que ele deve renovar com o Barcelona por mais duas temporadas e depois irá para os Estados Unidos, jogar na Major League Soccer (MLS), onde já disse em entrevista ter o interesse em competir. Contudo, há quem diga que o argentino irá para o Paris Saint-Germain, fazer parceria com Neymar, Kylian Mbappe e seu compatriota Ángel Di Maria – mas tudo isso ainda está em aberto. Já o presidente do Barcelona, Joan Laporta, afirma que está tranquilo em relação às negociações com o jogador, e acredita que conseguirá convencê-lo a continuar vestindo a camisa do Barça por mais algumas temporadas.
Apesar de todas essas especulações, a única coisa de que se tinha certeza é de que Messi estava com a cabeça totalmente voltada para a equipe comandada por Lionel Scaloni; já que o craque foi o destaque da Argentina, com quatro gols e mais cinco assistências, tendo uma média de quase duas participações em gol por jogo. Liderando praticamente todos os quesitos ofensivos na Copa América, ele foi eleito o melhor jogador do torneio.
Finalmente superou o péssimo histórico
No jogo contra a Colômbia, válido pelas semifinais da Copa América, mais uma vez se esperava muito de Messi e ele correspondeu, sendo que a Argentina era vista como favorita nos sites com as melhores apostas esportivas, e foram dos seus pés que saiu o passe para o gol de Lautaro Guedes, que abriu o placar para os Hermanos. Mas isso não é nenhuma novidade: nas quartas de finais, por exemplo, o camisa 10 comandou a Argentina, dando duas assistências e ainda marcando um gol no triunfo sobre o Equador. Porém, apesar da boa fase, o craque ainda tinha um grande trauma na bagagem – eram três derrotas em finais, além de um período de cinco anos longe da partida definitiva pelo título da competição de seleções mais importante do continente.
Em 2007, com somente 20 anos, Messi compunha o time argentino derrotado pela seleção brasileira. Já em 2011, foi eliminado do torneio ao perder para o Uruguai, e posteriormente perdeu duas finais consecutivas para o Chile. Em 2019, caiu nas semifinais diante do Brasil. Ademais, o jogador ainda tem em seu currículo a derrota na final da Copa do Mundo de 2014 para a Alemanha, e suas poucas glórias pela Argentina foram a conquista do Mundial Sub-20 e Jogos Olímpicos. No último sábado (10), os argentinos enfrentaram o Brasil mais uma vez na final da Copa América, e mesmo vencendo pelo placar mínimo, Messi ajudou a Argentina a encerrar seu jejum de títulos de 28 anos, finalmente conquistando seu primeiro torneio com a seleção principal do seu país.
Por Juliana Rodrigues
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