Fifa aprova reformas e salários serão divulgados em breve
Congresso em Zurique tem pacote de reformas; além dos salários consta também limite de mandatos e maior participação feminina
O Congresso Extraordinário da Fifa aprovou na manhã desta sexta-feira um pacote de reformas para a entidade. Entre elas, destacam a publicação dos salários de dirigentes de alto escalão, limite de mandatos e maior participação feminina. O evento acontece em Zurique, na Suíça, e elegerá o substituto de Joseph Blatter.
As mudanças, definidas com base em recomendações elaboradas pelo Comitê de Reformas da entidade, em dezembro, foram aprovadas por 179 das 207 federações com direito a voto.
O recém-criado Conselho da Fifa terá 36 membros, que serão eleitos nos congressos das confederações continentais, com a escolha obrigatória de, ao menos, uma representante mulher por localidade. Os atuais membros do Comitê Executivo farão parte do órgão até o fim de seus respectivos mandatos.
As principais medidas aprovadas pelo Congresso Extraordinário da Fifa:
– Separação entre funções “políticas” e gerenciais: o Conselho da Fifa, que substituirá o Comitê Executivo é responsável por definir a direção estratégica da organização, enquanto o Secretariado Geral comandará as ações operacionais e comerciais necessárias para por em prática essa estratégia;
– Limite de mandato para o presidente da Fifa, membros do Conselho e membros do Comitê de Auditoria e dos representantes dos corpos jurídicos. Máximo de 12 anos;
– Eleição dos membros do Conselho supervisionada pela Fifa, em consonância com as normas eleitorais da própria Fifa; todos candidatos serão submetidos a testes de integridade e elegibilidade conduzidos por um Comitê independente da Fifa;
– Maior reconhecimento e promoção das mulheres no futebol, com o mínimo de uma representante mulher eleita para o Conselho por confederação; promoção da mulher como um objetivo explícito e estatutário da Fifa para criar mais diversidade nas tomadas de decisão;
– Divulgação da remuneração individual anual do presidente da Fifa, membros do Conselho, do secretário-geral e de donos de cargos relevantes em comitês independentes e jurídicos;
– Maior controle das movimentações financeiras;
– Princípios de boa governança universais para confederações e federações associadas;
– O compromisso da Fifa com os direitos humanos passará a constar nos estatutos da entidade;
– Criação de um novo comitê para garantir maior transparência, com a inclusão de representantes de outras esferas interessadas (incluindo jogadores, clubes e ligas).
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