Minotouro celebra vitória: “Falavam que eu tinha que me aposentar”
Após nocautear Patrick Cummins no UFC 198, em Curitiba, no último sábado, irmão de Minotauro exalta conselhos de Anderson Silva: "Mandou eu acreditar em mim"
Rogério Minotouro entrou no octógono do UFC 198, no sábado, em Curitiba, na condição de azarão – e deixou o cage após 4m52s com uma bela vitória por nocaute contra Patrick Cummins, capaz de levantar o público na Arena da Baixada. A performance serviu como resposta aos críticos, que questionavam se não havia chegado a hora de o atleta seguir o rumo do irmão, Rodrigo Minotauro, e pendurar as luvas.
– Estou na fase da carreira em que as pessoas diziam: “Já está na hora de aposentar, de dar um fim na carreira”. Falavam que eu tinha que me aposentar. E eu acho que a luta mostrou que eu estou bem, lutando contra uns caras bons e de alto nível. Esse nocaute foi muito bom para mim, veio na hora certa. A torcida brasileira é bastante crítica. Mas é normal, isso é de qualquer esporte, no futebol, na luta… A gente tem que dar ouvido para os fãs, para os jornalistas. Acho que é uma opinião importante para a gente também. Dessa vez eu treinei mais e melhor, com mais qualidade do que a luta passada – declarou o peso-meio-pesado, em entrevista à imprensa.
Especialista em boxe, Minotouro utilizou a trocação para encaminhar a vitória. Ele castigou Cummins – que mostrou boa resistência -, mas sucumbiu a oito segundos do fim do round inicial, para alívio do anfitrião.
– Eu pensei: “Não é possível que esse cara vai deixar render”. Aí ele caiu no chão e eu comecei a bater, bater, bater… Os caras têm essa malandragem de virar a cabeça para você bater na nuca. Eu fiquei só na martelada e o juiz não estava acabando. Eu fiquei olhando, olhando e o Dórea (treinador) disse que só faltava um minuto. Eu pensei: “Vou deixar esse cara se levantar e vou jogá-lo de novo ele no chão”. Com um minuto dava para dar duas sequências boas. Quando eu dei a primeira sequência, ouvi o “tá, tá, tá” da plaquetinha e pensei: “Não é possível”. Graças a Deus, logo depois o juiz acabou com a luta.
– Eu falei com o Anderson na sexta-feira. Ele me deu bons conselhos, mandou eu acreditar em mim, nas minhas defesas de queda, porque eu estava bem treinado. A gente teve a oportunidade de treinar algumas vezes juntos para esse camp, junto com o De la Riva, com a equipe. Ele estava triste (após a saída do card), mas bastante preocupado comigo. Seis vezes por dia ele perguntava: “E aí, como é que está o Rogério?”. No começo dessa semana eu falei para ele: “Pô, para de perguntar para os outros. Liga para mim”. Trocamos mensagem, nos falamos pelo telefone e ontem (sexta-feira) ele estava um pouco apreensivo, não podia nem rir direito. Ele disse: “Não conta piada porque eu não estou podendo rir”. Dedico também essa luta para ele, que é um grande parceiro, um paizão mesmo, sempre esteve com a gente. É um grande amigo. Nunca decepcionou em nenhum momento de amizade, então é um cara que eu gosto de ter do lado, é uma grande energia para mim.
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