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Capita pede que Neymar seja humilde e entregue a braçadeira na Seleção

Carlos Alberto Torres, que levantou a Taça Jules Rimet na Copa de 1970, acredita que craque do Barcelona não tem perfil para liderar os companheiros em campo

Por Campelo Sousa

20/06/2016 às 09h37

Craque usou o número mágico de Pelé em clássico contra a Argentina (Foto:Leo Correa/MowaPr

Com a experiência de ter sido o capitão de uma das melhores seleções de todos os tempos e ter levantado a Taça Jules Rimet na Copa de 1970, no México, Carlos Alberto Torres acredita que parte da reformulação do Brasil com a chegada de Tite passe pela mudança do capitão. Comentarista do SporTV, o ex-jogador acredita que Neymar não tem o perfil necessário para liderar os companheiros dentro de campo e deveria entregar sua braçadeira, para que o novo treinador possa escolher quem deve ser o novo capitão da Seleção.

– Se fosse o técnico, a primeira medida seria pedir ao Neymar que tivesse a humildade de devolver a faixa de capitão para o treinador escolher outro jogador. Não combina com ele. O Pelé nunca foi capitão, nem o Garrincha, o Ronaldo Fenômeno ou o Rivaldo ou o Nilton Santos. Por que o Neymar tem que ser capitão da seleção brasileira? Deixa ele jogar, livra ele da responsabilidade de liderar o grupo e deixa ele só pensando em jogar futebol. Eu te garanto que ele iria fazer muito mais pela Seleção do que tem feito. Para mim, pode continuar o Miranda como capitão – disse o Capita.

Segundo Carlos Alberto Torres, tanto a decisão de tirar a braçadeira de Neymar quanto diversas outras importantes decisões do treinador devem ter o suporte de alguém “forte” dentro da CBF. De acordo com o comentarista, o técnico pode perder o grupo se tiver que, constantemente, ter que bater de frente com os atletas.

– Pela “pouca experiência” que tenho, por ter jogado “alguns anos” na seleção brasileira, estou falando que o problema não é só o treinador. Se fosse, o Telê Santana teria conquistado duas Copas do Mundo, já que era unanimidade no Brasil em 1982 e 1986. Tem que ter alguém dentro da CBF (para dizer o) que fazer com o Neymar. É o comando que eu sempre falei. A Seleção, na época do Dunga, não tinha comando nem dentro nem fora de campo. Esse comando externo é para segurar essas barras, não o treinador. Você não pode deixar só o técnico batendo de frente com o jogador. Para tirar a faixa de capitão do Neymar, não pode ser só uma decisão do treinador. Tem que ter alguém forte para livrar a cara do técnico – concluiu o Capita.

Por enquanto, a estreia de Tite no comando da Seleção será no dia 2 de setembro, pelas eliminatórias da Copa do Mundo. O adversário será o Equador, em Quito. O Brasil ocupa a sexta posição, fora da zona de classificação para o Mundial.

Sportv

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