header top bar

section content

Bolt promete fazer história nas olimpíadas deste ano e analisa suspensão russa: ”Vai assustar”

Astro corre, nesta sexta, para provar que está 100% bem de lesão. Após passar por exame antidoping nessa manhã, ele entende banimento: ''Regras são regras''

Por Campelo Sousa

21/07/2016 às 12h26

Usain Bolt ao chegar na coletiva de imprensa em Londres (Foto: Reuters)

As últimas semanas foram de silêncio e muito trabalho. A lesão no começo do mês tirou Usain Bolt da seletiva de seu país e gerou dúvidas sobre sua forma física para os Jogos Olímpicos do Rio. Nesta quinta-feira, a um dia do torneio em que correrá os 200m para mostrar sua forma física recuperada, o astro jamaicano reapareceu e concedeu uma entrevista em tom otimista. Tranquilo e sorridente, garantiu que está bem e prometeu que chegará no Rio com a força para escrever mais um capítulo da história do esporte. Em Londres, disputará os 200m na etapa local da Diamond League.

– Definitivamente estarei lá (no Brasil). Estou animado para isso. A história será feita no Rio. Quero dar meu melhor, dar um bom show para o mundo todo (…). Minha lesão muscular está curada e estou sem problemas agora. Meu médico fez um excelente trabalho. Os 200m são a minha prova preferida. Quero fazer um tempo rápido – disse Bolt, que fará sua última corrida antes da Olimpíada.

Pouco antes do início da coletiva de Bolt, a Corte Arbitral do Esporte (CAS) rejeitou oficialmente os apelos e manteve a suspensão geral ao atletismo russo para os Jogos Olímpicos do Rio. Maior nome da modalidade nos últimos oito anos, o jamaicano preferiu não polemizar, mas não foi de encontro com a posição das autoridades. Disse ser favor do controle de dopagem severo e, inclusive, mostrou que havia passado por um teste sanguíneo hora antes.

– Não tomo decisões. É triste, mas regras são regras. Se você tem provas e flagra alguém, você definitivamente tem que tomar uma atitude. Isso vai assustar muita gente e envia uma mensagem forte de que o esporte é sério (…) Eu fui testado de novo nesta manhã. Sou sempre testado pela IAAF e pela Wada – afirma o recordista Mundial, mostrando o curativo em seu braço.

Usain Bolt também foi questionado, novamente, sobre a questão envolvendo o vírus da zika no Brasil. Fez questão de dizer que prefere ficar distante dos fatores considerados fora das pistas. Inclusive, brincou ao lembrar que a questão do mosquito também é apontado como um problema em seu país, onde vive e treina.
– Zika está na Jamaica também. Então esse é o melhor do meus problemas. Tento não focar em nada fora do show. Tenho que focar em fazer meu trabalho por lá. É minha última Olimpíada. É onde preciso fazer uma grande marca.

Bicampeão olímpico dos 100, 200m e o 4x100m, Usain Bolt não é do tipo que aposta em um estilo mais modesto. Ao longo dos últimos oito anos, sempre adotou um discurso de confiança em si mesmo. Algo que não muda às vésperas de sua última participação olímpica. Questionado se acha que outro Bolt pode surgir num futuro, foi direto.
– Eu duvido – brincou.

Após a lesão de Bolt na seletiva, a Associação Jamaicana de Atletismo (JAAA) havia deixado claro que os atletas podem se abster de participar da seletiva olímpica nacional em casos médicos. Para isso, têm a obrigação de provar medicamente que competir na seletiva poderia prejudicá-los. Desta forma, Bolt pôde ser convocado para defender seus títulos nos 100m, 200m e revezamento 4x100m. No entanto, concluir bem a prova dos 200m, em Londres, é necessário para mostrar boa forma física e capacidade de correr bem no Rio. A lista final de nomes do atletismo só será definida pela comissão técnica da Jamaica no dia 10 de agosto, após a abertura dos Jogos Olímpicos.

GE

Recomendado pelo Google: