Paratletas só começaram a praticar esporte após deficiência
Pesquisa do DataSenado envolveu quase 900 atletas, em atividade e aposentados
Uma pesquisa feita pelo DataSenado aponta que 49% dos paratletas brasileiros adotaram o esporte como forma de superação e para manterem uma vida saudável após adquirirem algum tipo de deficiência.
É o caso do nadador Adriano de Lima, 43 anos, dono de nove medalhas paralímpicas. “Comecei no esporte por causa da reabilitação. Foi uma motivação a mais na minha vida. O esporte mostra do que a pessoa com deficiência é capaz”, afirmou o nadador, que compete em Paralimpíadas desde Atlanta-96.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, ele teve uma lesão na medula espinhal aos 17 anos, o que o deixou sem o movimento das pernas. Ele estava em uma obra e caiu de uma altura de sete metros. Nascido em uma família pobre, Adriano começou a trabalhar ainda adolescente.
O estudo, de acordo com a reportagem, também revela números sobre o preconceito: cerca de 70% dos paratletas relatam já terem sido vítimas de algum tipo de discriminação. Mas os casos de intolerância seriam mais comuns nas ruas (76%) do que no ambiente esportivo (2%).
“Sofri muito na escola. O esporte é que me levou para a vida. Quase não saía de casa. Depois que virei para-atleta, comecei a conviver com outras pessoas e fiquei mais confiante”, explicou o velocista Fábio Bordignon, de 24 anos, dono medalha de prata nos 100 m e 200 m da classe T35, para atletas com paralisia cerebral.
A pesquisa foi realizada em julho e envolveu 888 paratletas, em atividade e aposentados.
Notícias ao Minuto
Leia mais notícias no www.diarioesportivo.com.br, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário