Vaqueiros saem às ruas em favor da realização das vaquejadas em mais uma cidade do Sertão. Vídeo!
O ato teve encerramento no Terreiro do Forró onde os animais receberam água e os envolvidos se confraternizaram. "Não proporciona maus tratos”, relatou.
A cidade de Patos também protestou esta semana contra a decisão do Supremo Tribunal Federal, que julgou inconstitucional a prática da atividade de derrubada de boi. Centenas de vaqueiros, trabalhadores nas realizações de vaquejadas, criadores de cavalos, dentre outros envolvidos em uma das atividades mais populares no Nordeste, a vaquejada, saíram às ruas nessa terça-feira (11).
A concentração aconteceu no campo da Liga, Bairro Liberdade, e depois os participantes percorreram as principais ruas da cidade chamando a atenção por onde passou. Calcula-se em mais de 100 cavaleiros dentre homens, mulheres e crianças os presentes. O ato teve encerramento no Terreiro do Forró onde os animais receberam água e os envolvidos no ato se confraternizaram.
As manifestações em prol da vaquejada aconteceram simultaneamente em diversos estados do Brasil. O ato tem por objetivo pressionar o STF para que reveja a proibição, pois, a Associação Brasileira de Vaquejada (ABVQ) alega que a decisão do STF não levou em conta a evolução e a adaptação do esporte que atualmente não maltrata os animais. Já o Supremo considera que a atividade impõe sofrimento aos animais.
O vaqueiro patoense Ramiguel, campeão profissional de vaquejada, disse que a categoria dos vaqueiros recebem a notícia da proibição como algo muito negativo para o Nordeste, pois o esporte gera atualmente milhares de empregos. “As regras estão mudadas! Hoje a vaquejada não proporciona maus tratos aos animais”, relata Ramiguel.
O advogado Philipe Palmeira, defensor da prática da vaquejada, disse que o STF julgou inconstitucional da lei do Estado do Ceará onde regulamenta a vaquejada no estado, no entanto, a mídia nacional divulgou que a vaquejada estava proibida em todos os locais. A preocupação, de acordo com Philipe, é que a decisão abra brechas para a proibição geral. O advogado espera que a mobilização sensibilize os políticos para criação de um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que regulamente o esporte.
DIÁRIO DO SERTÃO com Patos Online
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