Praticar 150 minutos de exercícios por semana reduz riscos de diabetes tipo 2; veja!
Estudo recente mostra que fazer atividade física com intensidade moderada, como a caminhada rápida (5,6km/h), pode ajudar na prevenção e no tratamento da doença
Os benefícios dos exercícios físicos e da alimentação saudável para prevenção e tratamento do diabetes já são conhecidos. No entanto, saber qual o melhor tipo de exercício e saber o melhor momento para ele ser realizado ainda é uma grande discussão. O mesmo acontece com o estilo alimentar, e muitos estudos recentes tentam desvendar qual o real impacto da alimentação na prevenção e tratamento do diabetes. O exercício físico é o principal aliado na prevenção e no tratamento do diabetes 2.
Um estudo recente mostrou uma redução significativa no risco de diabetes tipo 2 com a adesão ao mínimo de 150 minutos de exercícios físicos por semana em uma intensidade moderada. Para esse estudo, publicado no jormal “Diabetologia”, com uma caminhada rápida (5,6km/h) os indivíduos reduziram seu risco de desenvolver diabetes tipo 2 em 26% em comparação com os indivíduos sedentários. O estudo avaliou mais de 1,2 milhões de indivíduos não diabéticos nos EUA, Ásia, Austrália e Europa sendo mais de 82 mil diagnosticados com diabetes tipo 2 durante o período do estudo.
Açúcar dos alimentos industrializados é o principal vilão para diabetes tipo 2
O estudo ainda mostra um resultado muito interessante: dobrar o volume do treinamento de 150 minutos por semana para 300 reduziu o risco de diabetes tipo 2 com um adicional de 10%, levando a uma redução do risco total de 36%.
No entanto, vale ressaltar que os adultos menos ativos são o que mais se beneficiam em termos de prevenção do diabetes 2 ao iniciar qualquer nível de exercício físico. Embora o volume do treinamento seja importante, o estudo sugere que as pessoas não são obrigadas a fazer quantidades insanas de exercícios por semana, a fim de se reduzir o risco de diabetes.
Nesses casos, evidências mostram que mesmo a caminhada moderada durante 10 minutos três vezes ao dia imediatamente após as refeições pode reduzir os níveis de glicose no sangue em mais de 12%. A atividade física pós-prandial pode evitar a necessidade de uma dose total aumentada de insulina ou de injeções adicionais de insulina na hora das refeições que poderiam ter sido prescritas para diminuir os níveis de glicose depois de comer“ afirma um dos pesquisadores. Vale ressaltar a importância do acompanhamento médico em pacientes em uso de insulina.
Diabetes: cuidados que o portador deve ter antes e durante o exercício
Estudo recente mostra que o desequilíbrio nutricional entre o ômega 6 e o 3 é um grande vilão para o sobrepeso e diabetes 2. O principal autor do estudo, James DiNicolantonio, afirma que o consumo do ômega 6 tornou-se muito mais proeminente na dieta ocidental em relação ao ômega 3. De uma perspectiva evolucionária, estamos habituados a consumir uma proporção de ômega 6 e 3 de cerca de 1 para 1. No entanto, hoje em dia nós consumimos uma proporção ômega 6 e 3 de cerca de 16 para 1, colocando em movimento uma tempestade metabólica no organismo.
O aumento da ingestão de óleos vegetais refinados e a concomitante redução na ingestão e gorduras ômega 3 é a mudança na dieta mais dramática que ocorreu nos últimos 100 anos. Nunca antes na história da humanidade consumimos tanto estes óleos vegetais, que podem estar aumentando o risco de doenças crônicas, incluindo o diabetes 2.
Espinafre é bom para: imunidade, coração, intestino, diabetes e mais
O ômega 6 e ômega 3 possuem efeitos opostos, impactando especificamente na obesidade e no diabetes tipo 2. Algumas dessas relações inversas incluem o aumento da leptina e da resistência à insulina, da circunferência abdominal, da oxidação, de triglicérides, da inflamação e do tecido adiposo branco. Da mesma forma, um outro estudo “Iniciativa da Saúde da Mulher (NIH)” mostrou que altas concentrações de ômega 6 no sangue foi associado positivamente com o aumento do ganho de peso em mulheres jovens.
O autor desse estudo afirma que a baixa ingestão de ômega 3 e a alta ingestão de frutose da nossa dieta ocidental leva a um aumento do apetite, da lipogênese, da obesidade e do diabetes 2. Os autores sugerem que as diretrizes nutricionais deveriam parar de recomendar dietas com baixo teor de gordura e advertem que a relação ômega 6 e 3 deveria ser medida e indicada nos rótulos dos alimentos industrializados.
O consumo excessivo de carboidratos pode favorecer o pré-diabetes
O pré-diabetes é um estado de alto risco para o diabetes 2, no entanto permanecer com pré-diabetes também pode aumentar o risco das doenças cardiovasculares. O estado hiperglicêmico do pré-diabetes pode causar diversos danos a nossa saúde.
Nosso organismo mantém a glicemia através da secreção e ação correta da insulina, mas quando esse mecanismo está alterado por resistência ou alteração da secreção da insulina, o cenário pode ser catastrófico. A hiperglicemia causa danos a microcirculação com o aumento da adesividade leucocitária, alteração do fluxo sanguíneo nos capilares, aumento do estresse oxidativo e espessamento dos capilares.
Como uma dieta equilibrada pode levar a remissão do pré-diabetes?
Estudo muito recente publicado no BMJ mostra que uma intervenção dietética pode levar a remissão do pré-diabetes em 100% dos casos com uma dieta com redução de carboidratos e hiperproteica. Além de uma melhora significativa nos parâmetros metabólicos e inflamatórios em comparação com uma dieta rica em carboidratos.
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Outro estudo publicado no Diabetes Care em 2014 mostra que a regressão do pré-diabetes para um estado euglicemico através de modificação da dieta e tratamento com hipoglicemiantes pode diminuir consideravelmente o risco cardiovascular. Estudo publicado no jornal Lancet em 2013 mostra que a reversão do pré-diabetes através da modificação dos estilos de vida e tratamento intensivo está associado com uma diminuição do risco futuro de desenvolver o diabetes 2.
Por isso, fundamental sempre o acompanhamento médico, faça prevenção com qualidade, não siga dietas da moda, faça um acompanhamento nutricional com nutricionista. Investir na sua saúde é evitar as complicações futuras do diabetes 2.
Prevenção é o melhor remédio!
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