Árbitros suspeitos de ajudarem o Botafogo no Campeonato Paraibano são suspensos de competições para serem investigados – Ouça o áudio!
Árbitros estão vetados de jogos oficiais da CBF por causa das investigações em curso na Justiça Desportiva do Estado sobre suspeitas de corrupção em jogos

Marinaldo Roberto confirma suspensão de árbitros por parte da CBF (Foto: Divulgação / TJD-PB)
CBF tomou uma decisão drástica e resolveu suspender preventivamente toda a arbitragem paraibana de jogos oficiais organizados pela entidade nacional. A decisão dura ao menos até o fim da investigação em curso no Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba que apura denúncias de corrupção e compra de resultados no Campeonato Paraibano de 2015. A suspeita é a de que árbitros tenham beneficiado deliberadamente o Botafogo-PB em alguns jogos daquele campeonato.
A informação sobre a suspensão já vinha circulando nos bastidores há alguns dias, mas apenas nesta quinta-feira a reportagem conseguiu uma fonte oficial que a confirmasse. O procurador-geral do TJD, Marinaldo Roberto de Barros, declarou que todas as entidades locais foram avisadas da decisão.
Assim, até ordem em contrária, a arbitragem paraibana está fora de eventos como Copa do Brasil e Copa do Nordeste. E se a ordem não for derrubada até lá, ficará de fora também das diferentes séries do Campeonato Brasileiro. Para completar, a CBF quer ser avisada de qualquer novidade no caso.

João Bosco Sátiro é alvo de investigação no TJD da Paraiba (Foto: GloboEsporte.com)
A decisão, contudo, não é extensiva a outras competições. E no Campeonato Paraibano, por exemplo, o próprio árbitro investigado, João Bosco Sátiro, foi escalado para apitar o primeiro jogo da final da edição de 2017 da competição, que vai ser disputada entre Botafogo-PB e Treze.
Tal escalação, inclusive, foi alvo de críticas de Marinaldo Roberto de Barros, que falou em “grande risco” à competição e ao próprio árbitro o fato de um investigado ser colocado para apitar um dos jogos mais importantes da competição estadual.
Entenda o caso
Um áudio (escute abaixo) atribuído ao zagueiro Walter detalha o que parece ser um esquema de compra de árbitros que seria orquestrado por dirigentes do Belo. O arquivo de áudio se tornou público no dia 20 de março e rapidamente se espalhou.
No áudio, relata-se como se dava o esquema e chega a citar o então vice-presidente do clube pessoense, Breno Morais (atualmente diretor de futebol do clube) como um dos envolvidos.
Quando a polêmica já estava instaurada, surgiu um segundo áudio, este sim declaradamente gravado por Walter, em que ele nega ser o autor do primeiro.
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Walter é o pivô do caso, ainda que negue ser autor do áudio (Foto: Divulgação / Botafogo-PB)
Mas a confusão já estava formada. O Botafogo-PB levou o caso à Polícia Civil e quer que o arquivo de áudio seja periciado para saber se foi mesmo o jogador quem o gravou. E, se declarando inocente, avisa que vai tomar as medidas judiciais caso fique comprovado que o jogador é mesmo o autor.
O Auto Esporte, por sua vez, citado como um dos prejudicados pela arbitragem, pediu uma rígida apuração do caso por parte da FPF e destacou que “há fortes indícios de que a denúncia seja verdadeira”.
Foi o próprio procurador-geral do TJD, Marinaldo Roberto de Barros, quem pediu a abertura do inquérito que investiga o caso.
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