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Documentário de TV alemã sugere possível doping de Roberto Carlos em copa de 2002

Ex-lateral da seleção rebate e diz que não conhece médico Júlio César Alves, acusado de práticas ilegais no esporte, segundo a ARD/WDR

Por Campelo Sousa

11/06/2017 às 09h00 • atualizado em 10/06/2017 às 19h03

Roberto Carlos teve seu nome envolvido em um suposto caso de doping em 2002 (Foto: Divulgação)

Campeão da Copa do Mundo de 2002, o ex-lateral Roberto Carlos teve seu nome envolvido em um documentário investigativo sobre doping exibido pela TV ARD/WDR, da Alemanha – a mesma que denunciou o escândalo de doping do atletismo russo que baniu diversos atletas do país das Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro. De acordo com a produção germânica, o ex-jogador era paciente do médico Júlio César Alves, acusado de práticas ilegais para o desenvolvimento de atletas. Uma testemunha teria dito que o viu na clínica em julho daquele ano, um mês após o Mundial do Japão e Coreia do Sul. Por meio de sua assessoria, o ex-jogador rebateu as acusações.

– Repudio veementemente as acusações irresponsáveis feitas pela rede alemã ARD, e reafirmo que nunca utilizei nenhum artifício que me fizesse levar vantagem sobre meus colegas. A reportagem cita o nome de um médico do qual nunca tive conhecimento em minha vida, e meus advogados já foram acionados para rebater na Justiça as alegações mentirosas sugeridas na matéria e pedir que que os mesmos provem, em frente a um juiz e publicamente, as acusações – disse Roberto Carlos por meio de sua assessoria.

em saber que estava sendo gravado, o próprio médico Júlio César Alves afirmou ao documentário da ARD/WDR que tratou Roberto Carlos desde seus 15 anos e que ajudou no desenvolvimento do jogador, principalmente fazendo com que as coxas dele ficassem mais fortes. O médico ainda ensinava como escapar de exames antidoping, orientando seus pacientes a deixarem de tomar os produtos receitados 15 dias antes de uma competição.

O médico ainda afirma que segue ajudando diversos atletas de elite, incluindo jogadores de futebol profissionais, em seus desenvolvimentos físicos. Ele teria vendido preparações hormonais bastante efetivas e que são proibidas pela WADA (Agência Mundial Antidoping).

Caso é amplo e envolve outros esportes no Brasil

Segundo o jornal “Estadão”, o documentário mostra a fundista Eliane Pereira, flagrada em exame antidoping em 2011. A atleta era paciente de Júlio César Alves e garantiu aos jornalistas que acreditava estar tomando algo legal, sem saber o que o médico receitava. Ela teria conhecido, na clínica de Alves, uma “grande estrela do futebol do Brasil”.

A investigação aponta um grande esquema de importação de produtos, medicamentos e anabolizantes. Os jornalistas chegaram a visitar uma fábrica de anabolizantes no Paraguai e confirmaram que o principal mercado era o futebol brasileiro. Eles ainda afirmam que o controle de doping no Brasil é bastante falho e que a WADA estaria monitorando a situação. Uma das empresas teria dito que o organizador do torneio pode escolher quais jogadores quer testar.

GE

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