Por sede, Noruega, Áustria e Holanda são os primeiros rivais do Brasil na Copa
Europeus têm prioridade nas cidades preferidas pela CBF. Edu confirma Sochi como favorita, põe Moscou e São Petersburgo na briga e diz que Seleção não ficará blindada
Noruega, Áustria e Holanda são as primeiras adversárias da seleção brasileira na Copa do Mundo de 2018. Não, as três seleções europeias ainda não se classificaram para o torneio do ano que vem. O duelo é pelo local onde o Brasil – este sim já confirmado na competição – ficará concentrado na Rússia. O treinador Tite e o coordenador Edu Gaspar desembarcaram no país na terça-feira para acompanhar a Copa das Confederações e visitar alguns centros de treinamento preferidos da comissão técnica. Na quinta, a dupla irá a Sochi, uma das favoritas. Mas Moscou e São Petersburgo estão no páreo também.
– Não posso negar que Sochi é uma cidade que nos atrai, sem dúvida nenhuma. Não podemos esquecer de São Petersburgo e de Moscou, que são grandes centros. Mas Sochi é uma cidade especial, porque é uma cidade praiana, uma cidade com praticamente… Não digo uma cidade nova, mas ela passou por grandes reformas há pouco tempo devido aos Jogos Olímpicos de Inverno, deram uma preferência grande a essa cidade. É uma cidade que realmente está muito bonita, mas não depende só da gente – disse Edu.
O “não depende só da gente” quer dizer que há outras seleções na frente do Brasil como prioridade nos locais preferidos pela CBF, pois estas federações fizeram contato com o Comitê Organizador Local (COL) antes. O pedido de reserva da concentração independe da classificação à Copa.
– Tem Áustria, Noruega, Holanda… E há seleções que a gente não tem tanto acesso de saber tantos detalhes, mas tem muitas seleções que estão querendo ficar em Sochi – explicou o coordenador.
Nesta quarta, Edu e Tite assistiram à semifinal da Copa das Confederações entre Portugal e Chile, em Kazan. No dia seguinte, aproveitarão a ida a Sochi para ver Alemanha x México e visitar as instalações da cidade. O complexo na região tem um hotel cinco estrelas, próximo à praia, e dois campos de futebol ao lado.
A Noruega ganhou a prioridade em Sochi. Assim, para conseguir o local como concentração, a seleção brasileira tem que “secar” os noruegueses na reta final das eliminatórias da Europa. No momento, o time nórdico ocupa apenas a quinta posição do Grupo C com quatro pontos, atrás de Alemanha (18), Irlanda do Norte (13), República Tcheca (9) e Azerbaijão (7).
Só os primeiros colocados das nove chaves da Europa garantem vaga direta na Copa, enquanto os oito melhores segundos farão um mata-mata de repescagem do continente. Para se manter na disputa até as rodadas finais, em novembro, a Noruega precisa vencer o Azerbaijão, dia 1º de setembro, em casa, e a líder Alemanha, em Stuttgart, no dia 4. Além de torcer por insucessos da Irlanda do Norte, que enfrentará o lanterna San Marino. Missão quase impossível.
No Grupo D, a Áustria é a quarta colocada com oito, assim como o País de Gales (terceiro) e a quatro pontos das líderes Sérvia e Irlanda. Os austríacos têm galeses, Geórgia, sérvios e Moldávia pela frente. A Holanda aparece em terceiro do Grupo A, com Suécia e França somando 13. Os próximos jogos da Laranja serão com franceses, Bulgária, Belarus e Suécia.
A partir do momento em que uma das seleções com prioridade não ter mais chances matemáticas de ir ao Mundial, a CBF poderá assumir um dos centros de treinamento. Sochi agrada a vários anseios de Tite: além dos dois campos de treino, mínimo considerado pelo técnico, a estrutura para as famílias dos jogadores e membros da comissão técnica é ótima. A cidade sediou a Olimpíada de Inverno, em 2014, e é também local do Grande Prêmio russo de Fórmula 1. Segundo Edu, a Seleção quer evitar o isolamento na Rússia:
– Não é nada de grandes distanciamentos, grandes blindagens. Acho que a gente tem que entender o lado profissional. Todos sabem das responsabilidades, e é para esse lado que a gente quer levar.
A comissão técnica confirmou ainda a preocupação com as famílias dos jogadores, que poderão ficar hospedadas em locais próximos à concentração na Rússia:
– O importante é que as pessoas entendam. A parte da delegação obviamente está sob minha coordenação. A parte da família, eu vou apenas facilitar aos atletas, de uma forma educada, para que eles possam ter hotel à disposição, um carro de deslocamento. Tudo por conta deles, mas que eu possa facilitar isso, porque eu já estou acompanhando aqui. Indicar para eles onde ficar, a forma de ficar próximo da gente. Acho que não custa nada. Pelo contrário: acho muito bacana a família estar conosco.
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