2º lugar em competição de nível nacional, jovem da zona rural de Cajazeiras clama por apoio ao atletismo na cidade – VÍDEO!
Além da dificuldade em adquirir equipamentos, os atletas amadores de Cajazeiras não têm um local adequado na cidade para treinar
Mesmo com quase nenhum apoio do poder público e nem patrocinadores oficiais, o atleta cajazeirense Carlos Kennedy, que reside no sítio Cantinho, na zona rural do município, conseguiu mais uma vez superar as dificuldades e terminou em segundo lugar numa das principais provas de atletismo do Brasil, a Corrida do Fogo, que é realizada há 13 anos em Campina Grande.
A Corrida do Fogo tem esse nome porque foi criada pelo Corpo de Bombeiros de Campina Grande para comemorar o dia nacional da profissão, mas logo se tornou um evento esportivo nacional porque também conta com atletas profissionais que disputam grandes corridas pelo Brasil. Esta é a segunda vez que Carlos Kennedy chega entre os três primeiros (ano passado ele também foi 2º colocado).
“Graças a Deus estou muito feliz por poder estar praticando esse esporte que só traz saúde e alegria para mim. É um esporte que, se a gente tivesse um apoio maior, poderia resgatar muita gente que vive pela rua usando drogas, fazendo coisas erradas, porque só vem trazer saúde para quem pratica e ocupa a mente”, ressalta o jovem.
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Mas para viajar e competir com o mínimo necessário não é fácil, principalmente porque em Cajazeiras o atletismo quase não tem apoio. A fim de amenizar essa situação, atletas amadores fundaram a ASCAT (Associação Cajazeirense de Atletismo), da qual Carlos Kennedy faz parte e a quem dedica grande parte dos seus agradecimentos.
Além do apoio da ASCAT, a Prefeitura de Cajazeiras, através da Secretaria de Esportes, também ajudou. Mas na volta à sua terra, a realidade vem à tona novamente. Carlos Kennedy tem dificuldade de conseguir material básico para treinar e competir, como tênis, por exemplo.
“Eu tenho ajuda de vários amigos que eu considero como pessoas da família porque sempre estão comigo. Hoje eu estou aqui através deles. É um pessoal que tira do bolso deles para me ajudar para que eu possa estar praticando esse esporte. Eu estou nas mãos dos amigos”, relata o atleta.
Além da dificuldade em adquirir equipamentos, os atletas amadores de Cajazeiras não têm um local adequado na cidade para treinar, por isso muitas vezes arriscam até a vida correndo às margens das estradas, dividindo o espaço com carros que passam em alta velocidade.
“A gente sabe das dificuldades, mas é em cima dessas dificuldades que eu me levanto, porque Deus está lé em cima olhando para mim e dando força para que eu siga lutando, e eu vou lutar até o fim.”
Apesar do potencial que tem para se tornar um atleta de renome e bem sucedido, Carlos Kennedy diz que trocaria fama e dinheiro por apoio ao esporte em Cajazeiras.
“Eu não quero uma ajuda para mim, mas sim para todos que fazem a prática desse esporte na cidade, para que a gente possa resgatar mais pessoas. Eu não quero ser reconhecido como um atleta famoso e nem que alguém venha me dar dinheiro. Eu quero que consigam ajuda para todos, porque é muito difícil praticar esse esporte sem ajuda.”
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