Petrúcio Ferreira é campeão em Londres e bate novo recorde mundial nos 100m
Vencedor da mesma prova na Paralimpíada do Rio, paraibano faz 10,53s e vence prova que teve o também brasileiro Yohansson Nascimento como vice-campeão
Quem será capaz de parar Petrúcio Ferreira? Atual campeão paralímpico nos 100m T45/46/47, o paraibano de apenas 20 anos repetiu a dose neste sábado no Mundial de Londres. Além do título, inédito na carreira, o velocista ainda estabeleceu o novo recorde mundial, com o tempo de 10,53s – a marca anterior era do próprio Petrúcio, 10,57s na final da Rio 2016. Para completar a festa brasileira, Yohansson Nascimento fechou a prova na segunda colocação (10,80s), garantindo a prata e a dobradinha no pódio. O terceiro lugar ficou com o polonês Michal Derus, com 10,81s.
– Não tenho como não dizer que a minha vida mudou muito desde que virei atleta e estou realizando o meu sonho de criança, que é representar o meu país. Sempre treino focado nos meus resultados, os recordes são consequências – disse Petrúcio, demonstrando a habitual simplicidade na zona mista do Estádio Olímpico.
Mais cedo, na eliminatória, Petrúcio já havia se classificado com o melhor tempo geral. Primeiro colocado na bateria 1, o paraibano cruzou a linha de chegada em 10,67s. Já Yohansson competiu na bateria 2 e avançou na segunda colocação. O alagoano fez os 100m em 10,91s, ficando atrás de Michal Derus, com 10,87s.
Na final, Petrúcio demorou alguns segundos para assumir de vez a dianteira. No entanto, o paraibano se recuperou nos 50m finais, arrancando para a vitória e para mais um recorde mundial na curta e vitoriosa carreira.
– Não gostei da minha largada, só bati o recorde mundial porque consegui acelerar no meio da prova. Depois dos Jogos Paralímpicos do ano passado, aconteceram muitas coisas como a minha contusão. Mesmo assim eu pensava no título mundial e ele veio. Agora é pensar nos 200m, que é a prova que eu mais gosto – disse Petrúcio, que volta a correr apenas no próximo sábado.
Yohansson também estava feliz com o resultado. Prestes a completar 30 anos, o alagoano atingiu a marca de nove medalhas em Mundiais. A meta é sair de Londres com mais uma láurea, para atingir o número redondo de dez pódios na carreira.
– Essa dobradinha tinha que vir no Rio, porque o polonês me tirou do segundo lugar por 3 milésimos. Hoje dei o troco. Dividir o pódio com o Petrúcio é muito bom. Já são 12 anos de atletismo e nove medalhas em Mundiais. Quero chegar a dez esse ano. Estou correndo sem pressão nenhuma, mas essa foi a terceira melhor marca da minha vida. Isso me dá tranquilidade para saber que virão coisas boas nos próximos anos – comentou Yohansson, sempre extrovertido e brincalhão.
– Todo atleta entra na prova para ganhar, mas desejo boa prova para o Petrúcio sempre que posso, mesmo porque ele é brasileiro e está me representando também. Não existe rivalidade entre nós. Torço muito pelos atletas do nosso país, em especial pelos do nordeste, que é a nossa terra. Falando isso, esse é mais um ano que eu estou perdendo as festas juninas de lá por causa de competição. Mas faz parte, a razão disso tudo está aqui – finalizou.
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