Balanço pós-Copa: quem encantou Tite, ainda busca lugar ou ficou para trás na Seleção
Richarlison é o ícone de uma turma cheia de apetite para chegar à Copa América; atacante só não estará lá em caso de imprevistos
Acabou 2018 para a seleção brasileira com a vitória por 1 a 0 sobre Camarões: 15 jogos, 13 vitórias, um empate e uma derrota; 29 gols marcados e três sofridos. Números estrondosamente bons, que não abafam o fato de a única derrota, para a Bélgica, ter eliminado a Seleção da Copa do Mundo.
Desde então, Tite trabalha diariamente para cicatrizar as suas feridas e as da equipe, em busca de equilibrar peças conhecidas e novas para começar a renovar sem perder força.
– As oportunidades para jovens jogadores, do Brasil ou de fora, foram o mais importante – respondeu Tite, questionado sobre o saldo do período pós-Copa.
O técnico da seleção brasileira mantém sua ideia de não fazer mudanças profundas no grupo, mas admite que novos nomes conquistaram sua admiração. “Queridinhos”? De jeito nenhum!
– Não usem esse termo, por favor. Eu sou um profissional que procura avaliar virtudes. Queridinha é minha filha, queridinho é meu filho – afirmou.
Veja abaixo um balanço dessa primeira fase do novo ciclo, em que Tite oportunizou, como costuma dizer. A convocação de março já será muito próxima daquela que ele pretende levar à Copa América de junho.
Chegaram chegando
Richarlison é o ícone dessa turma:
Três gols em seis jogos, mesmo tendo sido titular em apenas um;
Versatilidade, atuando pela direita, esquerda, e centralizado no ataque;
Atitude nos duelos individuais e consciência coletiva.
O atacante do Everton só não irá à Copa América em caso de um incidente grande. A comissão técnica ainda procura encaixá-lo na melhor vaga, e isso também vai depender de quem vai perder lugar para ele.
Outro que agradou muito foi Allan. Tite custou a convocar o volante do Napoli, mas se viu convencido pelas atuações contra Uruguai e Camarões. Numa avaliação geral, ele está no pódio entre os que se saíram melhor nessa última data Fifa.
Perderam tempo, mas estão bem cotados
Paquetá, do Flamengo, e Everton, do Grêmio, só puderam estar na primeira lista. O fato de jogarem em clubes brasileiros que disputaram títulos até as fases finais dos torneios nacionais impediu suas convocações. Tite se frustrou. Paquetá é um dos nomes mais falados por ele, uma esperança de criação no meio-campo, setor que anda carente. Everton também cativou pela velocidade e instinto de gol.
A demora em tê-los por perto pode ser um obstáculo para a Copa América, mas Tite parece bastante disposto a dar novas oportunidades à dupla.
Em busca do lugar ideal
Ninguém na Seleção duvida que Arthur tem potencial para ser um grande jogador, mas há pendências a serem respondidas:
Ele pode render melhor como primeiro volante ou segundo homem de meio-campo?
Em qualquer uma, Tite e seus auxiliares acreditam que ele pode se apresentar melhor.
Nessa rodada de amistosos, Arthur enfrentou o Uruguai um pouco mais adiantado, com a função de articular o meio. Diante de Camarões, foi recuado para a função de Casemiro. Questionado sobre o melhor lugar do jovem, Tite foi sinceríssimo.
– Não sei. Não sei, estou encontrando e o campo vai me falar. Se ele tiver a saída de bola mais livre, vai fazer essa função. Quando houver alguém de articulação ao lado, vai precisar de um Busquets ou de um Casemiro. Ele pode fazer as duas, conforme a necessidade.
Na zaga
Depois da Copa, Tite não voltou a convocar seus três zagueiros mais utilizados na mesma lista: Marquinhos é quem mais jogou. Não saiu nem um minuto. Miranda e Thiago Silva se revezaram, com vantagem para o primeiro, em duas listas.
Dedé e Pablo surgem como nomes mais fortes na concorrência pela vaga que resta na Copa América. Contra Camarões, Tite não escalou Dedé porque ele só joga pelo lado direito da zaga. Ponto para Pablo.
Ficam para depois
Muitos dos novos convocados só devem reaparecer depois da Copa América. Alguns porque ainda são inexperientes e, mesmo tendo agradado, ficarão atrás nesse momento em que experiência é importante, na obrigação imposta pelo próprio Tite de chegar pelo menos à final. É o caso de Militão, visto como zagueiro de grande potencial.
Outros, entretanto, ainda não fizeram os olhos de Tite brilhar. O zagueiro Felipe e o volante Andreas Pereira tiveram pouco tempo de jogo e não voltaram. O atacante Malcom nem sequer entrou em campo. E o meia Fred, que esteve na Copa do Mundo, também viu concorrentes da posição se destacaram mais.
Fonte: GE - https://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/balanco-pos-copa-quem-encantou-tite-ainda-busca-lugar-ou-ficou-para-tras-na-selecao.ghtml
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