Com golaço na final, Pratto salva o ano e cumpre promessa de marcar contra ex-time do coração
Contratação mais cara da história do River, atacante quase perdeu posição no time há dois meses
Que maneira espetacular encontrou Lucas Pratto para terminar um ano tão conturbado. Só em 9 de dezembro o centroavante do River Plate justificou o carimbo que ganhou em janeiro, o de jogador mais caro da história do clube, que pagou US$ 11,5 milhões ao São Paulo por seu contrato.
Faltavam apenas 23 minutos para o River perder a final do Libertadores para o Boca Juniors, que vencia por 1 a 0 no Santiago Bernabéu, quando Pratto cravou o empate de pé direito. O golaço levou o jogo para a prorrogação, quando Quintero e Pity Martinez selaram a vitória por 3 a 1. Aos 30 anos, o ex-jogador de Atlético-MG e São Paulo resumiu assim a conquista:
Pratto trocou o São Paulo pelo River para se sentir mais perto de uma vaga na Copa do Mundo. Sem grandes atuações, foi ignorado pelo técnico da seleção, Jorge Sampaoli, a quem criticou por não lhe dar mais oportunidades. No dia 8 de outubro, o jornal “Olé” perguntava numa manchete: “Pratto perdeu seu lugar no time?”. E informava que, pela primeira vez no ano, o atacante havia ficado no banco de reservas e sem entrar ao longo de uma partida do Campeonato Argentino.
A resposta, o próprio Pratto deu no mês seguinte, quando o River se classificou para a final da Libertadores. O dono da camisa 27 fez um dos gols no empate por 2 a 2 no jogo de ida da decisão, disputada na Bombonera, estádio do Boca. Neste domingo, no Santiago Bernabéu, Pratto fez o gol que tirou o River do sufoco e abriu caminho para a virada consumada na prorrogação.
– Na medida que o tempo passe, vamos ter mais claro o que conseguimos. Ganhar a Libertadores, contra o maior rival da história do clube… E depois de tudo o que aconteceu, da suspensão do jogo, de terem tirado a partida da nossa casa – disse Pratto, sem citar o nome do maior rival, justamente o time para o qual ele torcia quando criança.
Pratto chegou a fazer duas partidas pelos profissionais do Boca em 2009, mas foi dispensado e nunca esqueceu do tratamento que recebeu no clube. O atacante nunca escondeu que, depois disso, ele se sentia mais identificado com o Vélez Sarsfield, onde jogou por três temporadas antes de rumar para o Galo.
Em março deste ano, quando o River Plate enfrentou o Boca Juniors na final da Supercopa Argentina, Pratto havia prometido aos dirigentes que seria decisivo naquela partida. E avisou que iria, sim, comemorar um gol contra o Boca. O River ganhou por 2 a 0, com gols de Scocco e Pity Martinez. Faltou o gol de Pratto, faltava cumprir a promessa. Depois da noite de domingo em Madri, não falta mais.
Fonte: GE - https://globoesporte.globo.com/futebol/libertadores/noticia/com-golaco-na-final-pratto-salva-o-ano-e-cumpre-promessa-de-marcar-contra-ex-time-do-coracao.ghtml
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