Aldo promete muita agressividade contra Moicano e não vê jogo do rival parecido com Holloway
Ex-campeão Estilo do adversário que enfrenta no dia 2 de fevereiro, na co-luta principal do UFC Fortaleza, não tem e afirma: "Quero chegar lá dentro e ser bem explosivo, que sei que ninguém segura a onda"
José Aldo não pretende fazer diante de Renato Moicano nada muito diferente do que fez em toda a carreira. No próximo sábado, dia 2 de fevereiro, na co-luta principal do UFC Fortaleza, o ex-campeão peso-pena promete muita agressividade para cima do aspirante ao “title shot”. E, de imediato, rechaçou qualquer semelhança entre o adversário brasileiro e o atual campeão Max Holloway, único homem a vencê-lo duas vezes. Para Aldo, Moicano não joga aberto e não tem a capacidade de absorção de golpes como o havaiano.
– Acho que não tem nada a ver. Ele tem características totalmente diferentes do Holloway, que é um cara que ataca bastante, recebe muito bem, assimila também os golpes, é um estilo diferente. Pode ser no tamanho, mas como lutar não, acho que é totalmente diferente. Ele é muito mais estratégico, enquanto o Holloway vem muito mais aberto, recebe bastante golpes e consegue assimilar, então é totalmente diferente o caminho. Estou pegando outro caminho, que sei que vai me levar à vitória. E outra, (na segunda luta) do Holloway fui burro. Acho que perdi uma luta que vinha ganhando bem aqui no Rio, mérito do Holloway, parabéns a ele, mas na segunda não, fui muito cego e esqueci aquilo tudo que tinha feito e treinado. Tinha passado um mês nos EUA treinando só boxe e queria nocauteá-lo de qualquer jeito – disse o lutador numa conversa com a imprensa no Rio de Janeiro.
O jogo de Renato Moicano também não traz nada que já não tenha visto ao longo dos quase 15 anos de carreira, garante Aldo. A força do wrestling da American Top Team, onde Moicano treina hoje, além do boxe do adversário, já estão mapeados pelo ex-campeão. Ele ainda destaca que a diferença de altura – Moicano tem cinco centímetros a mais – não é uma novidade.
– Não, tem (lutadores) parecidos (com Moicano). Hoje em dia ele está fazendo o jogo que todo mundo está fazendo, não é uma coisa nova, principalmente no pessoal da ATT. A gente estuda bastante, todo dia a gente está estudando cada movimento justamente para não ter erro. Hoje em dia a categoria cresceu (em estatura dos lutadores), não só ele, se for ver os pesos-penas, como o Ortega, todo mundo é bem alto. Não é uma coisa nova para mim, estou treinando bastante para neutralizar isso.
A experiência é outro fator que pode pesar na luta. Apesar da diferença de apenas três anos entre eles, quando Moicano começou a lutar profissionalmente, em março de 2010, José Aldo já era campeão do extinto WEC – organização mais tarde incorporada ao Ultimate – desde novembro de 2009.
– Acho que é a experiência (conta mais). A estratégia fica ali até o primeiro toque, depois disso não tem como, sou um cara muito agressivo, procuro a luta o tempo todo. Não sei muito ficar dentro da estratégia. A gente até bola uma, mas todo mundo já sabe minhas características, então a gente treina em cima daquilo que eu tenho de melhor, porque é isso o que vai acontecer na luta (…). Geralmente nunca penso muito no meu adversário. A gente treina, lógico, os pontos fortes dele, mas penso em colocar meu jogo em prática. Quero fazer o meu melhor, com minha explosão, que é o melhor que tenho, o que de melhor faço. Quero chegar lá dentro e ser bem explosivo, que sei que ninguém segura a onda.
No Centro de Formação Olímpica do Nordeste, casa do UFC em Fortaleza, José Aldo acredita que a torcida terá um comportamento mais silencioso, apesar de admitir que deve ter a maior fatia do público a seu favor.
– A torcida vai estar a meu favor, a maioria pelo fato de conhecimento. Sempre treinei aqui, sempre estive aqui perto dos fãs brasileiros, mas do outro lado vai ter um brasileiro também, então não vai ter aquele “uh, vai morrer”, vai ficar bem dividido. Mas acho que vai ser uma luta muito mais silenciosa do que uma luta vibrante como se fosse um gringo. Acho que vai ser dessa maneira.
O lutador de 32 anos, dono do título dos penas do UFC desde a sua criação, em 2009, até a derrota para Conor McGregor em dezembro de 2015, também garantiu não ter problema em enfrentar compatriotas. Isso nunca aconteceu na carreira de José Aldo no Ultimate até aqui, e seu último duelo com um brasileiro foi na sua estreia no WEC, em junho de 2008, quando venceu Alexandre Pequeno.
– Não me incomoda (lutar com outro brasileiro), falo isso desde o início. Fiz minha carreira lutando no Brasil primeiro. Só não luto com o pessoal da minha academia, que são criados comigo, mas de resto não vejo problema nenhum em lutar com brasileiro. Não vou tirar o sonho de ninguém, de privar de lutar (comigo), um cara que está querendo ser campeão também. É como se eu estivesse atrapalhando o sonho dele. Acho que se ele tem oportunidade e quer lutar comigo, não vejo problema nenhum nisso.
E um palpite para o fim da luta de sábado, José Aldo tem? Ele só espera que seja o mais rápido possível, para logo voltar ao Rio de Janeiro e ainda pegar uma praia no domingo.
– Para mim tanto faz, nocaute ou finalização, acabando antes para a gente pegar as coisas e voltar ao Rio e pegar uma praia domingo, seria ótimo!
Na próxima sexta-feira, dia 1° de fevereiro, o Combate, SporTV 3 e Combate.com transmitem ao vivo a pesagem cerimonial, a partir de 19h (de Brasília). No sábado, o Combate transmite todo o card do UFC Fortaleza com exclusividade e ao vivo, a partir de 20h (de Brasília), enquanto o SporTV 3 e o Combate.com exibem as duas primeiras lutas ao vivo.
Fonte: Sportv - https://sportv.globo.com/site/combate/noticia/aldo-promete-muita-agressividade-contra-moicano-e-nao-ve-jogo-do-rival-parecido-com-holloway.ghtml
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