VÍDEO: Paraibano da região de Catolé do Rocha é ouro e se torna atleta paralímpico mais rápido do mundo

Natural de São José do Brejo do Cruz, na região de Catolé do Rocha, o paraibano Petrúcio Ferreira, ganhou nesta sexta-feira (27), medalha de ouro na prova de 100m, na classe T47, nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Com o tempo de 10s53, Petrúcio se consagrou nesta sexta, o corredor paralímpico mais rápido do mundo.

O atleta paraibano falou sobre as dificuldade que teve durante a pandemia, tendo que parar de treinar. Ele, que mora em João Pessoa e treina corriqueiramente, teve que viajar para o interior no momento que tudo fechou e ele ficou impedido de realizar os treinos.

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Ele disse que passou um tempo na casa de seus pais, no Sertão do estado, durante o isolamento social, mas mesmo assim conseguiu manter o foco.“Treinando mesmo em casa, me reinventando, buscando me adaptar na situação, tirar os pontos positivos de tudo que a gente passou”, destacou.

Na conquista desta sexta-feira, Petrúcio demonstrou humildade e lembrou de sua terra natal. “Entro na pista, tenho que ser eu, o Petrúcio que saiu lá de São José do Brejo do Cruz, o Petrúcio que tá aqui no Japão é o mesmo que saiu de lá”, pontuou.

Petrúcio Ferreira, ganhou medalha de ouro na prova. Foto: Comitê Paralímpico Brasileiro

RECONHECIMENTO

O governador da Paraíba, João Azevêdo, e o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, comemoraram em suas redes sociais, a conquista do sertanejo.

“Petrúcio da Paraíba, Petrúcio do Brasil! Mais uma medalha de ouro e mais um recorde para o homem mais rápido do mundo no esporte paralímpico. De São José do Brejo do Cruz para brilhar na #Tokyo2020 Parabéns, Petrúcio. Você é um grande orgulho para todos nós!!”, destacou o governador João Azevêdo.

O prefeito da capital por sua vez, ao parabenizar Petrúcio, ele enalteceu o objetivo do esporte: “Quero parabenizar este grande paraibano pela conquista de hoje. Petrúcio Ferreira é ouro nos 100m T47, e recorde paralímpico! Um orgulho para todos nós! Esporte é isso. É superação”, disse.

RESILIÊNCIA

O paraibano que hoje tem 24 anos e mora em João Pessoa, é filho de agricultores da zona rural da pequena cidade de São José do Brejo do Cruz, na região de Catolé do Rocha, no Sertão paraibano. Ele que sempre acompanhava os pais quando criança, com menos de dois anos de idade, veio a perder uma mão e uma parte do antebraço ao sofrer um acidente em uma forrageira que seu pai usava para moer capim para o gado.

Petrúcio nunca deixou se abater com a perda do membro e sempre enfrentou com naturalidade as dificuldades da vida.

Ele cresceu e como amante do futebol foi visto por um dos organizadores de um campeonato de jogos escolares na cidade de Patos, o qual indicou o atleta para Pedro Almeida, técnico da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e a partir daí deu-se início a sua carreira.

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