Atlético Mineiro e Flu ficam no empate e seguem próximos do Z-4
Tricolor sai duas vezes à frente do placar, mas Ronaldinho marca dois gols de falta, define o 2 a 2 e evita derrota no estádio Independência
No jogo do contra-ataque contra a bola parada, Atlético-MG e Fluminense amargaram um empate nada agradável para ambos na classificação do Campeonato Brasileiro. Para o Flu, por ter ficado duas vezes à frente do placar; para o Galo, por deixar escapar mais pontos dentro de casa. O 2 a 2 na noite desta quarta-feira, no Independência, manteve as duas equipes próximas da zona de rebaixamento.
Os cariocas foram a 19 pontos e continuam em 16º lugar, mas podem entrar no Z-4 já nesta quinta-feira, caso o São Paulo ganhe em casa do Criciúma. Os mineiros estão em 13º, com apenas dois pontos à frente, e permanecem na ressaca da Libertadores: depois da conquista, venceram só duas vezes em 11 jogos, incluindo a eliminação precoce na Copa do Brasil.
Com um Fluminense fechado e jogando no erro do adversário, Wagner e Rhayner deixaram o Tricolor duas vezes à frente do placar. Porém, Ronaldinho Gaúcho, que voltou ao time após ser poupado com dores musculares contra o Goiás, desequilibrou.
Se faltou inspiração com a bola rolando, sobrou competência com ela parada num duelo que teve 51 faltas (29 do Flu, 22 do Galo). Em duas delas, o camisa 10 igualou o placar em cobranças precisas diante de um público de 6.529 pagantes. A renda da partida foi de R$ 160.720.
– Saimos atrás do placar, o que dificultou um pouco. Lutamos até o final. Agora é seguir trabalhando para continuarmos sem perder os jogos. Já são sete. Treinei bastante (cobranças de falta). Por causa do jogo em que fiquei fora, deu pra treinar muito – analisou Ronaldinho.
Sem Pierre e Réver, que levaram o terceiro cartão amarelo, o Atlético-MG na próxima rodada visita o Vitória no sábado, às 18h30m (de Brasília), no Barradão. No mesmo dia e horário, o Fluminense receberá o Bahia no Maracanã, sem Rhayner, que recebeu dois amarelos e foi expulso.
O árbitro Anderson Daronco (RS) foi alvo de muitas reclamações dos tricolores, que alegaram que ele não adotou o mesmo rigor com os atleticanos.
– Foi lamentável o que ele fez aqui hoje. Se ele pudesse, acho que se metia na área lá com o Leonardo Silva (zagueiro do Atlético-MG), com os outros jogadores do Atlético-MG, e tentava empurrar a bola para dentro – disse Rodrigo Caetano, diretor executivo de futebol do Flu.
Falso volante do Flu e bola parada de Ronaldinho: armas funcionam
Ronaldinho e torcida começaram o jogo animados. O camisa 10 tentou uma caneta em Edinho logo nos primeiros segundos, e a galera vibrou mesmo com o insucesso do drible. Mas a empolgação durou pouco. O craque e seus companheiros de ataque quase não apareciam contra um fechado Fluminense, que aplicou um rápido golpe, aos 13 minutos.
Luxemburgo armou o time com três volantes, só que Rafinha, novidade na escalação, esteve longe de ser um cabeça de área. Quando os cariocas tinham a bola, o jovem de 20 anos virava quase um ponta-direita para auxiliar o veloz ataque. A arma deu resultado num contra-ataque: jogada de Rafael Sobis, cruzamento de Rafinha, e gol de Wagner, depois de um corte errado de Luan.
O Atlético-MG testou três maneiras de romper a retranca carioca.
Fernandinho foi com a habilidade e apostou na jogada individual.
Entrou fazendo fila na área, mas seu chute parou em grande defesa de Cavalieri. Leonardo Silva e Diego Tardelli tentaram a jogada ensaiada no escanteio: desvio do zagueiro na primeira trave, chute do atacante na segunda. Mas a bola, com endereço certo, explodiu na cabeça salvadora de Gum. Já Ronaldinho arriscou na bola parada, e dessa vez deu resultado. Até então apagado, o craque sofreu falta de Bruno na entrada da área e cobrou com maestria para empatar no último lance do primeiro tempo.
Flu pula de novo na frente, mas roteiro se repete
Substituto de Marcos Rocha, convocado para Seleção, Michel foi sacado no intervalo para a entrada de Rosinei. Porém, se Cuca não gostou da atuação do lateral-direito, também não deve ter gostado de ver Rosinei cometer duas faltas em três minutos e receber amarelo. Mas a substituição deixou o Galo mais ofensivo e o Flu sufocado na defesa – mas sem ser ameaçado. Luxemburgo respondeu em dose dupla: Samuel e Marcos Junior nos lugares de Sobis e Rafinha. Cuca pôs mais velocidade com Neto Berola na vaga de um vaiado Guilherme. As sucessivas alterações esfriaram o jogo, que chegava a 50 passes errados e tinha Victor e Cavalieri como meros espectadores.
Melhor para o Fluminense, que continuou jogando no erro do adversário e não desperdiçou nova falha do Galo. Richarlyson e Pierre bateram cabeça e entregaram o contra-ataque. Rhayner entrou livre na área e tocou por cima de Victor: 2 a 1, aos 27 minutos. O atacante mal teve tempo de comemorar seu gol, pois dois minutos depois recebeu o cartão vermelho do árbitro após falta por trás. A pressão do Galo aumentou, mas quem evitou a derrota foi de novo Ronaldinho. Em nova cobrança de falta, ele deixou Cavalieri estático no meio do gol e deixou tudo igual aos 37 minutos. Foi o quarto gol de falta (de um total de 22) do camisa 10 pelo Galo.
GE
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