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Após dizer que odeia o Brasil, jogadora da Rússia chora muito e sensibiliza brasileira

Jogar contra a Rússia é esperar por momentos dramáticos. É uma seleção que vive entalada na garganta das brasileiras, como a central Thaisa havia contado. Desta vez, sim, “desengasgou”, confirmou a central, uma das principais figuras da partida. Mas ao mesmo tempo, a brasileira não gostou de ver a rival Gamova chorando descontroladamente após a […]

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08/08/2012 às 14h10

Jogar contra a Rússia é esperar por momentos dramáticos. É uma seleção que vive entalada na garganta das brasileiras, como a central Thaisa havia contado. Desta vez, sim, “desengasgou”, confirmou a central, uma das principais figuras da partida. Mas ao mesmo tempo, a brasileira não gostou de ver a rival Gamova chorando descontroladamente após a derrota que tirou de sua seleção, mais uma vez, a chance de brigar por um título olímpico, perseguido por toda uma geração.

– Não gosto de ver ninguém chorar. Mesmo com ela dizendo que odeia o Brasil, não odeio elas. Elas ganharam dois Mundiais, ok. Ganhamos uma Olimpíada. E podemos ganhar de novo.

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Thaisa explicou que, no bloqueio, estava tocando a bola, mas não conseguia ser tão efetiva. Já no ataque, sua performance foi bem melhor.

– Não estava dando tão certo como eu queria e pensei: vou rodar de outra forma. Daí falei para a Dani [levantadora]: vou para o ataque, põe a bola para mim! Mas que peguei pelo menos uma bola da Gamova muito bem, eu peguei.

Segundo a meio-de-rede, a seleção feminina – campeã olímpica em Pequim 2008 – havia colocado um peso sobre os ombros.

– Quando conseguimos tirar esse peso, o time deslanchou. Eu desengasguei, me soltei mais.

As brasileiras destacaram a paciência que tiveram para conseguir ganhar das russas, campeãs sobre o Brasil nos dois últimos Mundiais (mas derrotadas por 3 a 0, ainda antes da final, nas Olimpíadas de Pequim 2008).

Dani Lins ressaltou que o trabalho de uma levantadora é mais fácil quando as próprias atacantes pedem bola, mostram confiança. Para ela, o ponto forte da equipe foi a cabeça tranquila. A capitã Fabiana concordou e também destacou a tranquilidade do grupo.

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– Nosso time estava sempre lutando. Erramos, mas mantivemos a concentração e a tranquilidade, a confiança umas nas outras, para passar pelos momentos mais difíceis.

A capitã Fabiana disse que o time não estava colocando em quadra tudo o que vinha treinando, o que finalmente conseguiu.

Decisiva para a vitória verde-amarela, Sheilla arrasou no ataque em momentos importantes do quarto set e do tie-break, quando a Rússia chegou a ter seis match points (em Atenas 2004, o Brasil teve cinco e não fechou – desta vez, foram as adversárias que não conseguiram).

– É trabalho de rupo, quando se tem certeza de que se pode confiar em todo mundo. Eu tinha certeza de que este jogo seria nosso.

Foi o que Fabiana também comentou, na resposta a jornalistas estrangeiros na sala de imprensa.

– Não tivemos medo de perder. Nem quando a gente errava ou elas encostavam. A gente estava acreditando que ia virar. Acreditamos em cada momento.

Do R7

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