Botafogo perde dentro de casa para o Nacional de Patos
Belo sentiu a ausência de alguns desfalques, caiu diante do Nacional pelo placar de 2 a 1, dentro de casa, e foi o último time a perder a invencibilidade
A impressão era de que o Botafogo manteria a invencibilidade no Campeonato Paraibano. Vivendo grande fase, atuando dentro de casa, tudo levava a crer que o Belo conquistaria mais um resultado positivo. A festa estava preparada. Só faltou combinar com o Nacional de Patos, que surpreendeu e venceu por 2 a 1, com gols de Du e Demétrius. O meio-campista Willian, de pênalti, descontou.
Torcida do Botafogo-PB compareceu em bom número ao Estádio Almeidão, mas saiu de lá bastante insatisfeita com a atuação da equipe (Foto: Larissa Keren)
A derrota deixa claro que a ousada tática do treinador Suélio Lacerda de poupar alguns jogadores que estavam pendurados com dois cartões amarelos não veio em momento apropriado. A equipe deu claras demonstrações de que sentiu os desfalques e esbarrou no ferrolho nacionalino, que estreava o técnico interino Marcal, preparador de goleiros do clube.
Com o tropeço, o Botafogo caiu para a terceira colocação, somando 11 pontos, já que o Sousa venceu o Campinense por 3 a 2, em Campina Grande, e é o novo vice-líder do campeonato. Enquanto isso, o Nacional, que chegou a ocupar a zona de rebaixamento no início da competição, se manteve na quinta posição, com 10 pontos.
Primeiro tempo morno e 0 a 0 no placar
A etapa inicial começou com as duas equipes se estudando. O Botafogo sentia a ausência de alguns jogadores, em especial os meias Isaías e Leomir(além deles, ficaram de fora o zagueiro Wágner e o atacante Anderson Cavalo). A dificuldade para fazer a bola chegar ao ataque era visível. O treinador Suélio Lacerda também reclamava da insistência com as jogadas pelo lado direito do campo.
O Botafogo esbarrou na falta de criatividade do setor
de meio-campo Foto: Larissa Keren
E, por incrível que pareça, o primeiro lance de perigo do Belo veio com o lateral-esquerdo Roque. Ele apareceu de forma surpreendente nas costas da zaga do Nacional e balançou as redes. Mas o silêncio dos torcedores logo deixou claro que foi a rede do lado de fora.
Com uma postura mais defensiva, o Nacional tentava segurar a bola no setor de meio-campo. Nem por isso deixou de ameaçar a meta botafoguense. Primeiro, com Roni, que tentou de fora da área e obrigou André Zuba a fazer uma defesa tranquila. Depois, foi a vez do meio-campista Hilton aproveitar uma sobra de escanteio e parar em uma linda intervenção do goleiro alvinegro.
A grande chance do primeiro tempo, no entanto, caiu nos pés de Almir Dias, aos 34 minutos, quando ele se aproveitou de uma saída errada do goleiro nacionalino, Mauro Iguatu, e jogou para fora a oportunidade de se consagrar, já que estava substituindo Leomir, um dos principais nomes do time neste início de competição.
O Belo voltou a assustar dois minutos depois. Desta vez, com o zagueiro Rogério, que acertou uma bomba em cobrança de falta, uma de suas especialidades. A bola passou perto da trave direita de Mauro e quase fez a alegria da torcida.
Gol relâmpago de Du
Jogadores comemoram gol (Foto: Larissa Keren)
A insatisfação de alguns torcedores botafoguenses, ao fim do etapa inicial, parecia já prever o que viria pela frente. É porque o Nacional abriu o placar na primeira jogada do segundo tempo. O gol foi do jovem Du, artilheiro da equipe no Campeonato Paraibano do ano passado. O atacante entrou sozinho na grande área e tocou na saída de André Zuba.
As reclamações do torcedores ganharam ainda mais força com o placar adverso. Sobrou para o capitão Edgard, um dos pendurados com dois cartões amarelos, que deixou o campo para a entrada de Anderson Cavalo. O meia Almir Dias foi outro substituído e deixou o gramado imediatamente, demonstrando estar bastante irritado. No seu lugar, entrou Nino Paraíba.
São Mauro e o tiro de misericórdia
A entrada de Anderson Cavalo deu uma maior movimentação ao setor ofensivo alvinegro e fez surgir a grande figura do jogo: o goleiro Mauro. Inicialmente, ele jogou para escanteio chute do próprio Anderson Cavalo. O momento de glória, no entanto, ainda estava por vir, quando o árbitro Antônio Umbelino marcou pênalti a favor do Belo, aos 14 minutos, e Rogério esbarrou em mais uma bela defesa sua.
Destaque do Nacional, goleiro Mauro quase foi substituído por causa de uma pancada no joelho esquerdo, sofrida logo no início do jogo (Foto: Larissa Keren)
O pênalti desperdiçado por Rogério acabou diminuindo o entusiasmo do time botafoguense. Foi aí que o Nacional resolveu dar as caras novamente. Agora, com o volante Demétrius, que subiu mais alto que a zaga alvinegra e o goleiro André Zuba para ampliar o marcador. O silêncio tomou conta do Almeidão quando a rede balançou.
Aos gritos de burro, o treinador Suélio Lacerda ainda viu o juiz marcar impedimento no gol assinalado pelo atacante Anderson Cavalo. Tentando uma reação que parecia improvável, principalmente para alguns torcedores, que deixaram o local da partida antes dos 30 minutos, Suélio colocou o atacante Cláudio no lugar do lateral-esquerdo Roque.
Bota diminui, mas para por aí…
A mudança fez efeito rápido. O zagueiro Ronan foi derrubado na grande área e o árbitro Antônio Umbelino, em cima do lance, apontou mais uma penalidade máxima para o Bota, aos 37 minutos. Willian foi para cobrança e não perdoou. Parecia que o Belo reagiria. Ficou na impressão mesmo. O placar terminou 2 a 1 para o Nacional de Patos, para desespero dos botafoguenses.
Com este resultado, o Botafogo caiu para a terceira colocação, somando 11 pontos, já que o Sousa venceu o Campinense por 3 a 2, fora de casa, e é o novo vice-líder do campeonato. Enquanto isso, o Nacional, que chegou a ocupar a zona de rebaixamento no início da competição, se manteve na quinta posição, com 10 pontos.
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