Maré de gente e de otimismo invade as ruas de Madri
Depois de vencer a forte Alemanha e garantir vaga na final da Copa do Mundo pela primeira vez, espanhóis acreditam mais no título
Nem mesmo o forte calor provocado por uma massa de ar quente africana – durante a tarde, a temperatura se aproximou dos 40 graus em muitas regiões da Espanha – foi suficiente para tirar os espanhóis da rua nesta quarta-feira. O momento era histórico, e a torcida se mostrou à altura: em Madri, milhares de pessoas saíram de casa para acompanhar o jogo contra a Alemanha nos telões instalados ao redor do estádio Santiago Bernabéu. E valeu a pena.
Milhares de torcedores apoiam a Espanha do lado de fora do Santiago Bernabéu (Foto: Edgard Marques)
Ao final do jogo, todos foram capazes de dizer a palavra que esteve guardada por tanto tempo sem poder ser usada em uma Copa do Mundo: finalmente. Finalmente a Espanha tem uma equipe de ponta como seus principais rivais europeus e sul-americanos. Finalmente o desempenho da arbitragem não precisa ser usado como desculpa para derrotas. Finalmente a final do Mundial não é mais um sonho distante.
– Esperamos muito tempo por isso. Eu acreditava que era possível, mas tinha medo de que a maldição das oitavas nos atacasse na semi – disse o advogado Hernán Castillo, que estava com a namorada e um grupo de amigos, explodiu depois do gol de Puyol e não foi embora enquanto havia imagens do jogo sendo repetidas no telão.
Antes do pontapé inicial, havia dois tipos de torcedor, o que acreditava em um jogo mais aberto e bonito e o que esperava o maior desafio da Espanha no Mundial. Ao final, os dois achavam que tinham acertado.
As reações dos torcedores na histórica vitória espanhola nesta quarta-feira (Foto: Edgard Marques)
– Agora é ganhar a final. A Holanda vai ser muito mais fácil. Jogando assim, ganhamos de qualquer um – afirmou o administrativo Victor Gómez, que sai de férias nessa semana e promete ver a final em um bar de praia. – Pena que não vai ser contra o Brasil, seria bonito.
Mas também houve quem roesse as unhas e se preocupasse porque sabia que a Alemanha seria um rival difícil. A contadora Elena Hernández preferiu ver o jogo com a multidão porque temia um resultado desfavorável.
– Claro que eu tinha medo. Mas estando aqui, acompanhada de toda essa gente, com a mesma esperança, fica mais fácil lidar com a ansiedade. No domingo eu repito – prometeu, voltando para casa com um sorriso no rosto.
Um sorriso de "finalmente chegamos lá".
Torcedores vibram na capital espanhola com a vitória por 1 a 0 sobre a Alemanha (Foto: Edgard Marques)
G1
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